segunda-feira, 4 de novembro de 2013

CRÓNICAS do Fim-do-Mundo 7 - Há quatro meses em Sydney

Natal de 2012, Centro Comercial de Merrylands-framed
Estou há quase quatro meses deste lado do planeta – faz a 5 de Dezembro! Adoro estar nos antípodas e só tenho pena que todos os meus amigos não possam fazer o mesmo e deixar para trás esse pequeno país a saque de gente sem escrúpulos e cheio de políticos gananciosos e incompetentes. Mas naturalmente isso não vai durar muito mais...
 
Profecia Maya

Segundo a profecia Maya, o mundo acaba a 21 de Dezembro de 2012.

Não disseram a que horas e deixaram mais ou menos vago que a coisa poderia ter origem numa qualquer colisão astral, talvez com um meteorito...

Cá por mim, estou muito calmamente à aguardar a evolução dos acontecimentos e prefiro acreditar nas previsões dos cientistas que afastam essa hipótese bizarra do mundo terminar daqui a pouco mais de um mês.

Claro que um dia o mundo vai acabar, mas isso será daqui a muitos milhões de anos, numa altura em que a Humanidade já se mudou para outras paragens e ninguém será apanhado de surpresa. Talvez tal coisa venha a acontecer quando a Via Láctea, no seu trajecto, se cruzar com a galáxia mais próxima de nós, Andrómeda, que segundo os últimos cálculos, está de facto em rota de colisão com a Via Láctea, devendo então alguns milhares de estrelas periféricas de cada galáxia, colidirem com consequências absolutamente imprevisíveis, mas seguramente de forma cataclítica e de inimaginável violência.

O certo é que o mundo vai todos os dias acabando para todos quantos deixam de viver e dessa forma as previsões Mayas, diariamente vão cumprindo o seu fatal destino, pois os que partem bem se podem convencer que chegou ao fim o caminho que nos estava destinado percorrer!

Por mim, como atrás referi, estou muito calma e serenamente sentado à espera para ver! E estou sentado a ler um livro escrito por Mohamed Elbaradei, Nobel da Paz em 2005, sobre a verdade escondida sobre os grandes conflitos internacionais. O livro, magnífico aliás, chama-se “A Era da Mentira”.

Muitos preferirão viajar, conhecer mundo e aproveitar estas poucas semanas que restam antes da data fatal. Outros, provavelmente não ligam a isto e continuarão a fazer a sua vidinha como se nada fosse! Também os compreendo! Outros deitar-se-ão a dormir, pois preferem que o fim anunciado os apanhe deitadinhos a dormir! Outros ainda, estarão na farra, aos pulos como se a vida fosse um carnaval permanente.

Estou certo de que aqui em Sydney  aparecerão iniciativas comerciais a explorar o evento e as circunstâncias do calendário, organizando-se viagens e festas, fins-de-semana especiais, com promoções turísticas e exibições ao vivo deste e daquele artista pop, incluindo leitura das mãos com previsões astrológicas como bónus!

Cá por mim, voltarei a escrever-vos... mas só depois do fim do mundo!

Entretanto já percebi porque é que as datas se referenciam por AC e DC! Aliás comigo também dá jeitinho: Antes do Casamento e Depois do Casamento!

Já me casei há mais de um mês! Incrível como o tempo passa... Esse manhoso que quase se não dá por ele e que faz tantos estragos.

O curioso é que o tempo é realmente a coisa mais democrática da natureza – igualzinho para todos, para ricos e para pobres, influentes e plebeus, espertos, pobres de espírito, inteligentes, bons ou maus, enfim... o tempo é igual para todos, passando à mesma inexorável velocidade!

Por falar em tempo, o calendário avançou e, a 31 de Outubro, comemorou-se aqui o Halloween,  (a festa da Abóbora – pumpkin em inglês) e já no fim-de-semana anterior andava meio mundo mascarado, sobretudo a malta jovem que nesta ocasião só pensa em farra! Aliás o Halloween aqui é, em tudo, semelhante ao nosso Carnaval, com máscaras, muita alegria, música, muito sexo, desfiles e confettis. Faz calor e elas (sempre em maior número por cá),despem-se e  competem com aquilo que são as imagens do Carnaval brasileiro que todos conhecemos das revistas e da televisão...

Agora... aproximamo-nos do Natal e aí é que estranho ver as decorações habituais, mas com o Pai Natal em fato de banho, com camiseta sem alças, de calções e chinela no pé, as renas a transpirar. É um Santa Claus (diminutivo de São Nicolau) todo desportivo e encalorado, pois cá o Natal é no pico do Verão e as temperaturas andam pelos trinta, trinta e tal graus centígrados!

Os Centros Comerciais estão já todos decorados com motivos natalícios e, na Austrália, como em todo o ocidente, as pessoas começam a raciocinar e a fazer contas ao muito que se gasta com as prendas que obrigatoriamente fazem parte dos diversos comportamentos sociais. Deste isto, eu tenho de te dar aquilo e por aí fora...

Infelizmente perdeu-se definitivamente o sentido cristão e ecuménico desta festa, em que mais do que as trocas de prendas se deveria ter presente o nascimento de Cristo, ainda que a figuração possa ser tida como meramente simbólica.


Passeio ao Darling Harbour-framed

Darling Harbour

Ainda que possam imaginar que o nome derive das passeatas que os fundadores de Sydney faziam com as queridas deles, a verdade é que o nome parece derivar do nome de um passaroco simpático, parecido com o corvo negro de Lisboa e que são é o “darling”, ou “blackbird”!

Os admiradores dos Beatles hão-de lembrar-se daquele tema lindíssimo, cantado pelo Paul McCartney, blackbird singing in the dead of night, take these broken wings and learn to fly

Pois será daí que advém o nome do que é o ponto mais turístico e admirado por todos quantos vivem ou visitam Sydney: DARLING HARBOUR.

Há dias fomos passear até esse local verdadeiramente mágico e tirei montes de fotos que poderão ser apreciadas no sítio do costume: http://cronicasaustralia.blogspot.com.au

Sydney tem a virtualidade de se poder frequentar estes locais belíssimos e admirar as diversas paisagens sem ter de se dispender um só cêntimo! Claro que aqueles que têm dinheiro para gastar o fazem com mais prazer e os que tiverem muito... então facilmente dispendem balúrdios num instante, tantas são as tentações e as solicitações.

Curioso é que todos – com dinheiro, com pouco, com muito, ou muitíssimo – convivem no mesmo local, em frente uns aos outros, serena e calmamente, com toda a segurança e civilidade, sem provocações e sem invejas.

Um desses exemplos é a Marina de Darling Harbour com os seus luxuosos iates que ali estão estacionados, permitindo que os tesos, como eu, passeiem pelos “brinquedos” de milhões e tirem fotografias e sonhem, sonhem alto... Sonhar é fácil, não é?

Mas aqui existem jogos semelhantes aos da Santa Casa, com lotarias e raspadinhas e outros jogos congéneres, com sorteios diários. Eu habituei-me a jogar no OZ Lotto (45 números), cuja tiragem acontece às 3ªs feiras e garanto-vos que ainda um dia me vai sair! Ah ah... e nessa altura vão ver se não compro um iate e não o estaciono em Darling Harbour também! Semanalmente aposto 2 dólares em sete algarismos e acredito com imensa fé que ainda um dia acerto nos sete do OZ Lotto!

Conhecendo Sydney

Um dos objectivos destas minhas Crónicas é dar-vos a conhecer pelos meus olhos e pelas minhas descrições, os principais aspectos desta magnífica cidade que o insuspeito Carlos do Carmo referiu numa entrevista como sendo uma das três cidades mais lindas do mundo!

Há no ar um permanente perfume que me cheira vagamente a jasmim. Raramente vi ambientes poluídos e mal cheirosos! Quase sempre vejo jardins excelentemente tratados e cuidados, mais garridos, mais circunspectos, mais frondosos, mais alegres, coloridos e joviais, mas sempre um permanente cuidado em manter zonas grandes com plantas e flores, árvores frondosas que dão muita sombra. Lembro-me de um dia ter ouvido um turista em Mafra queixar-se que a vila não tem sombras, só tem prédios e muitas subidas e descidas, passeios sem rampas para os deficientes! Cá, por mais quilómetros que possamos percorrer em qualquer direcção existem sempre rampas para os deficientes e idosos que andem de cadeiras de rodas. Espero que o próximo edil mafrense pense mais nas pessoas e menos no cimento armado...

Os cafés abrem somente pelas nove horas da manhã. Perante a minha estranheza a Bianca explicou-me que aqui não existe o hábito de se tomar o pequeno almoço num café e toda a gente vem com essa refeição tomada em casa, só se recorrendo aos cafés a partir do final da manhã, à hora de almoço e depois durante a tarde.

Os passeios são largos, ajardinados e com uma zona de passeio em cimento para facilitar as caminhadas de quem prefere deslocar-se a pé. Tirei fotos desse aspecto que considero curioso e que bem poderia ser uma alternativa à calçada supostamente lisboeta que hoje em dia é irregular, feia e incómoda, construída pelos emigrantes cabo-verdeanos. Pelo menos nos bairros novos de Lisboa devia aplicar-se uma solução mais adequada...

O Video do Prof. Marcelo

Alguém teve a gentileza de me enviar por mail o Video que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa criou (imaginou e produziu), para fazer passar numa feira na Alemanha, a propósito do Portugal dos nossos dias. Não gostei e fiquei acabrunhado, sem vontade de o divulgar a ninguém cá.

O trabalho talvez tenha um sentido positivo e algum mérito, mas está fraco, sob o ponto de vista de modernidade, de ritmo, de comunicação publicitária. Infelizmente continuamos a ser peritos em considerar que lá por uma pessoa ter mérito numa coisa é excelente a fazer seja o que for!

É assim com o Ricardo Pereira, com o Mourinho, com o Cristiano Ronaldo, etc. O Marcelo Rebelo de Sousa não conseguindo vislumbrar as suas limitações, para além de comentador político, dá palpites sobre futebol, acrescenta críticas a músicos, faz comentários sociais, enfim transformou-se num “tudólogo”, como lhe chama o meu amigo José da Palma, e com toda a razão. É pena! Está a perder prestígio, isenção e está a vulgarizar-se!

Cães e Gatos

Estranhei não ver, como em Portugal, cães e gatos a vadear pelos passeios e pelos jardins, e nem sequer ver as mórbidas presenças das carripanas das câmaras que apanham e recolhem animais, levando-os para os canis e gatis e posteriormente para abate. Perguntei qual a situação dos animais domésticos e foi-me explicado que muito civilizadamente, os donos são absolutamente responsáveis pelos seus companheiros de quatro patas, sendo estritamente obrigados a mantê-los em condições rigorosamente higiénicas, a sustentá-los e a dar-lhes um tratamento digno, não permitindo porém que eles se passeiem não acompanhados pelas ruas da cidade, deambulando pelas ruas, atravessando ruas e avenidas e arriscando-se a morrerem atropelados.

Assim, cada animal está rigorosamente identificado, não havendo (salvo muitíssimo poucas excepções), casos de abandono de animais. Daí, eu nunca ter visto nem cães, nem gatos sem dono. Vêem-se realmente (sobretudo) cães levados pela trela pelos seus donos muito ufanos do seu animal de companhia.

Praticamente em todos os bairros existem Petshops com instalações veterinárias anexas e há um sistema de apoio e de recolha e posterior doação a famílias inscritas de eventuais animais que tenham, por justificada circunstância, ficado sem dono – ou porque o dono faleceu, ou porque os donos tiveram de mudar de casa e o senhorio da nova habitação não permite animais, ou por doença, etc.

Informei-me também de que o que aqui se passa neste estado de New South Wales (Nova Gales do Sul e cuja capital é Sydney), se passa também em todos os outros estados australianos.

Praia de Maroubra

No fim-de-semana passado combinámos com o filho da Bianca uma ida à praia. Como a Bianca não é frequentadora de praia, foi o Raymond quem ficou com a responsabilidade de escolher um bom local. Escolheu uma praia sossegada e vigiada, para sul da cidade – a praia de Maroubra.

Lá fomos e eu estava particularmente excitado com a ideia de pela 1ª vez me ir banhar nas águas do oceano Pacífico!

Ah desespero – estava vento, havia correntes fortes e os lifeguards (banheiros salva-vidas) são aqui autoridade com força e poder sancionatório efectivo. Vindo não sei donde, mal pus um pé dentro de água apareceu um jipe de praia com dois tipos a informar-me que eu estava proibido de tomar banho. Podia (no máximo) molhar os pezinhos e nada mais!

Ooops... nem refilei! Agradeci, quase que lhes fiz a continência e retirei-me para a toalha de praia lamentando as condições ventosas daquele sábado, mas obedeci!

Tirei umas quantas fotografias.

A Rádio

Não sei quantas estações emissoras existem e não faço ainda ideia de quais as mais populares e com maior audiência. Pela publicidade nos Outdoors sinto que há grande competição e sei pela Bianca quais as duas ou três mais importantes. Uma delas, a que ouço com maior regularidade tem a sintonia 101.7 e chama-se WSFM (Western Sydney FM), passa muita música dos anos 60 e 70, mas também anos 80 e 90 e música actual, tem programas com música, informativos de meia em meia hora e aos fins-de-semana há entrevistas e debates políticos.

De manhã, de 2ª a 6ª feira, entre as 7 e as 10 horas, têm um programa do estilo do Despertar e (qual não é a coincidência...) têm um casal de apresentadores ao jeito do António Sala e da Olga Cardoso. Aqui também se fartam de rir, ela tem também umas gargalhadas contagiantes e são Josy and Amanda. São extremamente populares e é suposto que todos os conheçam. As piadas e os temas de conversa são um pouco mais atrevidos que os praticados naquele tempo pelo saudoso Sala e pela Olga. Aqui têm piadas atrevidas e picantes e quase todos os dias há temas de conversa e telefonemas sobre sexo – aliás um tema recorrente nas conversas de toda a gente! Estranho? Talvez não!

Refiro saudoso o Sala (meu amigo de há muitos anos), não porque ele tenha desaparecido – graças a Deus está vivo e recomenda-se  – e por cá consta que ele vem viver para a Austrália, para Queensland, Brisbane – mas porque deixou de fazer rádio e o público tem saudades. Eu também as tenho!

Há tempos atrás discutia-se publicamente, mesmo nos jornais e nas televisões (incluindo debates de mais de uma hora), se quem “engata” deviam continuar a ser os homens, ou se deviam passar as mulheres a assumir claramente esse papel!

Imagine-se!

É desconcertante imaginar um mundo às avessas, mas dos debates o resultado foi uma maioria a considerar que às mulheres é que cabe esse papel da conquista, da sedução, quer entre casais (em que ele e ela têm já uma intimidade relevante), quer entre desconhecidos, num sábado à noite, algures num bar de bairro.
Entre os jovens essa prática é comummente aceite e já se assssume que são elas quem conduz a relação e quem convida se se vai aqui ou ali, se ao final da noite a coisa mete cama ou não, se a relação é para acabar, para começar,ou...

Enfim... the times they are a changin’ 

Mulheres

Aqui, não se vê os homens dar piropos, nem se ouvem “bocas”, nem sequer há olhares libidinosos que coloquem ênfase num belo físico, num belo rabinho, num decote mais atrevido, numas pernas bem torneadas, e o que tenho visto é que são realmente elas a olhar e a não desviar os olhos, são elas que iniciam o contacto sorrindo (mesmo não conhecendo...), e até a cumprimentarem na rua quando um homem passa!

Já referi à Bianca que tenho ficado atónito com a “popularidade” que julgo despertar sobretudo entre as mulheres muçulmanas que usam “hijab” – uma espécie de burka, mais aligeirada, com a cara à mostra – e que usualmente passam por mim, olhando-me prolongadamente, seguindo-me com os olhos fixos em mim, sorriem, baixam levemente a cabeça quando se cruzam comigo e por vezes (quando olho para trás), vejo-as a olharem também para trás, para mim!

Não sei se serei parecido com algum Ayathola, se serei sexy para aquelas mulheres que culturalmente provêm do médio-oriente, não sei o que lhes irá nas cabeças, mas que lhes não sou indiferente... isso não sou! Alá esteja comigo... Inch Allah!

As de cá... não me ligam nenhuma, nem eu quero que liguem aliás! Estou bem servido e não quero problemas com a Bianca que é (ao bom estilo latino), razoavelmente ciumenta.

Já por duas ou três vezes, depois de nos cruzarmos com mulheres muçulmanas, ela me perguntou – “Conheces esta? Donde é que a conheces?”

A medir pela “saída” estou mesmo a imaginar que na próxima encarnação vou nascer no Iraque, ou no Irão!
A antiga Pérsia, sempre exerceu em mim um fascínio todo especial e devo confessar que adorava conhecer Teerão, onde, como é do domínio público, se diz existirem as mulheres mais lindas do mundo – morenas e de olhos verdes! Em compensação, detesto aqueles homens, de bigode e ar façanhudo, sempre de mal com a vida e com ar ameaçador, do tipo do Ahmadinejad!

As coisas pelo Médio-Oriente estão a aquecer e não me espantaria que em duas ou três semanas o ambiente de paz  relativa se altere e desatem todos à estalada. O que mais receio é que nesta constante escalada de violência, os Ayatholas tenham a fraqueza de cair na tentação de acabar com Israel e lancem um míssil com ogiva nuclear! Seria o princípio do fim, porque Israel, que tem armas atómicas, não hesitaria em ripostar e a destruição seria enorme e de efeitos ambientais em todo o mundo, impossíveis de prever... 

Música

Do que se ouve nas várias rádios que diariamente vou sintonizando, poderei assegurar que há claramente preferências que se podem generalizar, sem o erro de se estar a pecar por paralaxe!

Nas rádios de Sydney, o grupo mais tocado é (de longe) os Queen, depois os Beatles seguindo-se o grupo inglês ELO – Electric Light Orchestra. Quanto aos intérpretes a solo, o mais ouvido é de longe Billy Joel, depois o Elton John, também o Elvis Presley e em quarto o britânico Robbie Williams (que aliás lançou agora um excelente album – Take the Crown).

Imaginando que fossem os Bee Gees os mais populares, devido a serem australianos (como banda, provenientes da cidade de Brisbane, embora tivessem vindo ainda crianças de Inglaterra), fiquei surpreendido de só raramente os escutar na rádio e a explicação que me deram foi a de que a rádio evita passá-los sobretudo depois da morte recente de mais um dos irmãos do grupo.

Curiosamente, esta semana começaram a anunciar uma Tournée de despedida do último dos irmãos, o Barry Gibb, que irá percorrer as principais cidades australianas a partir de Março de 2013, certamente apresentando os temas que tornaram famosos os manos Bee Gees. Imagino que deva ser penoso organizar e enfrentar o público depois das sucessivas perdas do Andy (o mais novo deles), do Maurice (o principal compositor), e mais recentemente do Robin Gibb, o principal intérprete de tantos e tantos temas milionários desse conjunto que chegou a rivalizar com os Beatles a liderança de muitos Hit-Parades internacionais e que atravessou três décadas sempre com imenso sucesso – anos 60, 70 e 80!

Notas de Plástico

Tenho-me esquecido de fazer uma justa referência ao dinheiro australiano. A Bianca já em Portugal me falara nisto e realmente verifiquei que as notas são, ao contrário de todos os outros países do mundo, feitas de material plástico. Duradouras, não se estragam, nem sujam e não são passíveis de falsificação, possuindo uma tecnologia de tal forma avançada, sendo tão exclusivas, que organização nenhuma se atreve a falsificar o “papel” australiano!

Aliás, as outras notas (inclusivé o Dollar americano) também não é fabricado em papel. Essa é a nossa ilusão, mas em boa verdade, (mesmo o Euro também), as notas de todo o mundo são em tecido – uma mistura de sisal e algodão, a que os indianos (país principal fabricante do tecido em causa), chamam de algodão-nota!

Neste momento (e só por curiosidade) há uma total equiparação entre o dollar australiano e o americano, embora com tendência a uma certa valorização da nota australiana face à nota americana – talvez resultado das recentes eleições americanas, ganhas, como se sabe pelo democrata Barak Obama.

Regra geral, o Dollar australiano vale quase um Euro, isto é, cerca de 90 cêntimos!

Feitas as contas ao antigo escudo, a coisa anda pelos 180 escudos cada dollar.

Cimeira

Hoje mesmo, (dia 14 de Novembro de 2012, quarta-feira), realizou-se na cidade australiana de Perth, uma cimeira entre Hilary Clinton e Julia Gillard. Não deixa de ser curioso assinalar que o mundo anglo-saxónico é literalmente governado por mulheres! Hilary é o braço direito de Obama para as Relações Internacionais norte-americanas e de certa forma para a segurança dos Estados Unidos. Julia é a 1º Ministro desta enorme e poderosíssima Federação de sete estados, que é a Austrália. A Rainha Isabel de Inglaterra é formalmente a Chefe de Estado da Commonwealth, de que fazem parte o Canadá, a Irlanda, a Inglaterra, a África do Sul, a Nova Zelândia e a Austrália... e mais uns quantos países pequenos.

Ou seja, as mulheres são hoje em dia quem manda numa significativa e influente parte do mundo!
Hoje mesmo, Julia Gillard e Hilary Clinton reuniram-se para acertar agulhas e preparar estratégias comuns que envolvem a Paz e a Guerra neste nosso mundo tão conturbado.

Acho incrível que as nossas principais estações de rádio e de televisão (RDP e RTP, sobretudo...), não tenham nenhum correspondente permanente de serviço à Informação, em Sydney, ou em Canberra! Eu já lhes escrevi a propor isso mesmo e ainda não recebi sequer uma resposta!

Há por aí alguém que lhes possa lembrar este assunto?

Volto a escrever-vos depois do Fim do Mundo!

Bom... como já se viu atrás, é provável que o mundo acabe daqui a menos de um mês, na 6ª feira, dia 21 de Dezembro de 2012, pelo que imagino que eu só vos volte a escrever depois do mundo acabar...

Por isso mesmo aproveito já para desejar a todos uma Festas Felizes, um Santo Natal, com prosperidade e sobretudo em família e com saúde.

Este ano não se pode pensar em prendas, nem sequer daquelas baratinhas, da loja do chinês!

Não se esqueçam de pedir ao Menino Jesus um governo novo e que os santinhos todos possam intervir a favor de Portugal e dos menos abonados, porque a crise aperta e não há sinais de melhoria, nem sequer esperança de que os militares (que parecem todos muito adormecidos à sombra de bons ordenados e mordomias), despertem para o dever moral de reinstalar o respeito, o prestígio e a confiança no futuro de Portugal.

Então adeus... até sempre... ou até para o ano...

2013 está à porta! Já o espreitei e ele vem com bom ar, cheio de vigor, muito rosadinho e pleno de saúde!
Inté!

Deste vosso Luis Arriaga                     

Sydney, aos 16 de Novembro de2012.







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